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Núcleo de Estudos Críticos, Teóricos e Historiográficos sobre as Américas

 

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Vivenciando o Passado

Vivenciando o Passado: Os desafios das desigualdades globais e da inclusão digital no ensino de História.

Vivenciando o Passado espera contribuir para a ampliação do acesso a bens educacionais de qualidade por um público mais amplo, por meio da democratização do ensino de conteúdos históricos. Propõe o desenvolvimento de produtos que, utilizando tecnologias 3D – particularmente Realidade Virtual (RV), Realidade Mista (MR) e Digitalização 3D -, contribua para a difusão de conteúdos históricos de qualidade, para uso em salas de aula da educação básica, permitindo aos estudantes o acesso a uma história mais “vivenciada” (Bloch) e mais próxima da linguagem digital em que os jovens parecem já estar “alfabetizados”.

Resumo:

A equipe proponente do projeto está desde 2018 engajada em um processo de investigação que busca refletir sobre as desigualdades globais em perspectiva espacial e temporal (cf. Projeto PRINT/CAPES 2017), com vistas a identificar os aspectos que promovem assimetrias sociais.

Enquanto a maioria das pesquisas empíricas contemporâneas sobre desigualdades se concentra nos campos da economia e da sociologia, focando no problema da disparidade de renda dentro de determinado país, o projeto desenvolvido pela equipe define desigualdade como um fenômeno multidimensional, internacionalmente combinado e cumulativo.

Entre os aspectos que contribuem para o aprofundamento deste fenômeno destaca-se um mais persistente e grave: o acesso aos bens educacionais de qualidade. Gerador do círculo vicioso que dá origem a novas desigualdades, as assimetrias no acesso a bens educacionais promovem um aprofundamento das desigualdades sociais.

Vivenciando o Passado espera contribuir para a ampliação do acesso a bens educacionais de qualidade por um público mais amplo, por meio da democratização do ensino de conteúdos históricos. Propõe o desenvolvimento de produtos que, utilizando tecnologias 3D – particularmente Realidade Virtual (RV), Realidade Mista (MR) e Digitalização 3D -, contribua para a difusão de conteúdos históricos de qualidade, para uso em salas de aula da educação básica, permitindo aos estudantes o acesso a uma história mais “vivenciada” (Bloch) e mais próxima da linguagem digital em que os jovens parecem já estar “alfabetizados”.

Embora historiadores venham usando instrumentos de pesquisa digital, no Brasil ainda são muito parcos os recursos a esses formatos para o trabalho do professor da educação básica.

O projeto viabilizará, através da parceria acadêmica entre a área de ciências humanas e de ciência da computação, a elaboração de material inédito com este fim.

Em andamento; Natureza: Pesquisa.

Integrantes: Giselle Martins Venancio – Coordenador / Norberto Osvaldo Ferreras – Integrante / Maria Veronica Secreto – Integrante / Adriene Baron Tacla – Integrante / Esteban Clua – Integrante.

Desigualdades Globais nas Américas

Desigualdades globais nas Américas: história agrária comparada, 1850-1930.

Necessário projeto de pesquisa sobre a história agrária na América Latina em perspectiva comparada. Aqui, os levantamentos, análises e reflexões revelam o peso dos processos sociais agrários na produção e reprodução das desigualdades entre nações e entre grupos sociais nas Américas.

Resumo:

Pesquisadores da UFF, do CPDA-UFRRJ, IBGE e UFSC, se reúnem neste projeto que se propõe pesquisar a história agrária na América Latina em perspectiva comparada, a fim de identificar o peso dos processos sociais agrários na produção e reprodução das desigualdades entre nações e entre grupos sociais nas Américas. A iniciativa prevê, entre outras ações, o lançamento de um livro sobre o tema, a publicação de três artigos em revistas qualis e o início da construção de um banco de dados sobre conflitos agrários no Brasil.

Integrantes: María Verónica Secreto de Ferreras (coordenadora), Norberto Osvaldo Ferreras, Giselle Venancio, Debora Franco Lerrer, Leonardo Marques, Tâmis Parron, Diogo Cabral, Waldomiro Lourenço da Silva Júnior.
Financiador: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.

Mulattos in the Nation

Mulattos in the Nation: Brazil and Cuba in the nineteenth century.

O projeto parte de romances e memórias brasileiras e cubanas para analisar como os mulatos se inseriram em projetos de nação. Em um primeiro momento, a análise se volta para as memórias e discursos de ideólogos sobre a nação; depois, a investigação se concentra em pesquisar como a diversidade racial e a ideia de nação são retratadas nos romances do século XIX, lembrando que no Brasil e em Cuba escritores iluminados viam a escravidão e a diversidade dos povos como obstáculos à formação da nação.

Abstract:

Drawing on Brazilian and Cuban novels and memoirs, the project intends to analyze how mulattos were inserted in projects of the nation in both countries. The research will consist of two stages. Initially the memoirs and discourse of ideologues about the nation will be analyzed. Afterwards the portrayal of racial diversity and the idea of the nation in nineteenth century novels will be examined. In both countries enlightened writers saw slavery and the diversity of peoples as obstacles to the formation of the nation.

The existence of different races was seen as weakening homogeneity and stability, characteristics of strong and independent nations. In sketching out strategies to make the nation feasible, at times ideologues mentioned the potential of racial intermixing mestiçagem/mestizaje to end differentiation. As Peter Wade has highlighted, the national glorification of mestiçagem/mestizaje could indicate both democratic projects aimed at achieving racial harmony and a rhetoric for hiding racism, stimulating practices of whitening and ethnocide. Racial intermixing frequently evoked the hierarchical differences and racial inequalities inherent in projects of homogeneity for the future nation (Wade, 2003: 263-4).

Since the seventeenth century, mulattos had attracted attention from the Luso-Brazilian literati. The offspring of slaves and slaveowners, mulattos experienced considerable ambiguity. In slaveholding societies where color often indicated people’s social condition, many mulattos were free, sometimes even rich landholders and responsible for the command of the militia, but in terms of color were little different from slaves. In the poetry of Gregório de Matos, mulattos appear as seductive, lustful, and capable of cheating and subverting order. For the Jesuit Antonil, in Brazil they lived in a paradise, exempt from the responsibilities of landowners and protected from slavery by their parents. Combatting this negative image, the Franciscan Loreto Couto mentioned the many mulatto women in Pernambuco who died in defense of their honor. He also listed mulatto heroes and denounced the slanders made against these mestiços (Raminelli, 2015).

Integrante: Ronald José Raminelli (coordenador).

Desigualdades Globais e Sociais

Desigualdades globais e sociais em perspectiva temporal e espacial.

Investigação colaborativa que analisa a formação e a reprodução das desigualdades globais na longa duração (da Antiguidade ao capitalismo contemporâneo) e em diferentes escalas (indo e voltando do global ao local).

Resumo:

Acadêmicos do Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Espanha, Alemanha, Grã-Bretanha e México trabalham em conjunto na formulação de uma sólida teoria empiricamente fundamentada no grande campo das ciências sociais sobre desigualdades globais que possa informar políticas públicas nacionais e ações de órgãos internacionais multilaterais destinadas a atacar o problema; consolidando, ao mesmo tempo, uma rede internacional de trabalho colaborativo acadêmico.

A investigação analisa a formação e a reprodução das desigualdades globais na longa duração (da Antiguidade ao capitalismo contemporâneo) e em diferentes escalas (indo e voltando do global ao local). Ao passo que a maioria das pesquisas empíricas contemporâneas sobre desigualdade se concentra nos campos da economia e da sociologia, focando no problema da disparidade de renda dentro de determinado país, o presente projeto define desigualdade como um fenômeno multidimensional, internacionalmente combinado e cumulativo. A desigualdade assim definida situa-se no plano dos direitos políticos e sociais, da repartição de poder e de riqueza, das formas de reconhecimento e do acesso a bens e recursos, sejam materiais ou simbólicos. Dessa forma, possui aspectos quantificáveis (diferenças de grau) e componentes qualitativas, simbólicas e fortemente classificadoras, como gênero e etnicidade.

Na fase inicial, a rede reúne pesquisadores dos Institutos de Geografia, História e Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF); além de um significativo conjunto de instituições estrangeiras dotadas de larga experiência em parcerias individuais e coletivas (pós-doutorados; missões de trabalho; coautorias; etc.).  Financiado pelo programa CAPES-PRINT.

Integrantes: María Verónica Secreto de Ferreras, Norberto Osvaldo (coordenador) Viviana Gelado, Giselle Venancio, Adriene Barón Tacla, Leonardo Marques e Tâmis Parron.

Financiador: CAPES-PRINT

No “trânsito geral do mundo”

No “trânsito geral do mundo”: traduções de autores brasileiros na Europa e Estados Unidos (1940-1970).

Cuidadoso trabalho sobre as traduções de autores brasileiros publicadas nos Estados Unidos pelo editor Alfred Knopf e, na França, pela Gallimard. Em mente, o que se busca é analisar os motivos que levaram à escolha dos autores traduzidos nesses países que formavam o centro da produção editorial nos anos 40 a 70).

Resumo:

 

Ao entender que os modos de circulação transnacional dos bens culturais são condicionados por exigências políticas e econômicas que pesam sobre os processos de tradução e sobre os agentes que fazem a sua intermediação, tanto nos países de origem, quanto naqueles da recepção das obras, o projeto analisa os motivos que levaram à escolha dos autores traduzidos nesses países que formavam o centro da produção editorial nos anos 40 a 70.

A investigação se debruça sobre as traduções de autores brasileiros publicadas nos Estados Unidos pelo editor Alfred Knopf, e na França, pela Gallimard.

São consideradas ainda as relações assimétricas estabelecidas entre os países nos processos de tradução e circulação intelectual. 

Integrantes: Giselle Martins Venancio (coordenadora)
Financiador: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.

Ser escravo em Buenos Aires

Ser escravo em Buenos Aires: Práticas, costume e leis em torno da liberdade e da sujeição durante o vice-reinado do Rio da Prata (1776-1810)

Pesquisa minuciosa em que a análise das fontes coloca em primeiro plano as nuances por trás das formas de vivenciar a escravidão/liberdade na Buenos Aires de finais do XVIII e inícios do XIX.

Resumo:

O direito e os costumes espanhóis estabeleciam as formas pelas quais os escravos podiam ganhar a liberdade.

Embora houvesse uma grande distância entre as formas legais e a aplicação em um recôndito lugar do Império Espanhol, como o Rio da Prata, alguns escravos conseguiram sua liberdade recebendo-a como doação de seus amos, comprando-a ou como contrapartida da promessa de futuros serviços.

Podemos dizer que estas são as formas estatisticamente relevantes. Essas três modalidades pelas quais os escravos obtinham a liberdade escondem um sem-número de nuanças sobre as formas de vivenciar a escravidão/liberdade. Camadas desveladas quando se analisam os processos judiciais ou administrativos envolvendo escravizados e libertos de Buenos Aires entre final do século XVIII e inícios do XIX.

Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (1) / Doutorado: (2) .

Integrantes: María Verónica Secreto de Ferreras – Coordenador.
Financiamento: (FAPERJ) Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesq. do Estado do Rio de Janeiro.

Soberania régia e conflitos de jurisdição

Soberania régia e conflitos de jurisdição: a capitania da Paraíba do Sul entre 1727 e 1753

O projeto analisa os limites da soberania régia sobre a capitania da Paraíba do Sul a partir dos conflitos entre o donatário da capitania, o governador do Rio de Janeiro e ouvidores.

Resumo:

 

 

A iniciativa fomenta uma reflexão sobre as dificuldades do Estado de controlar os territórios sob sua jurisdição, tema bastante atual sobretudo no Rio de Janeiro. Analisa os limites da soberania régia sobre a capitania da Paraíba do Sul a partir dos conflitos entre o donatário da capitania, o governador do Rio de Janeiro e ouvidores.

Em 1674, a monarquia portuguesa concedeu a capitania à Casa Asseca, mas o território ficou abandonado e sujeito às ocupações das ordens religiosos e dos criadores de gado.

Anos depois, o Visconde de Asseca retomou o controle, mas enfrentou forte oposição do governador que concebia ilegalmente a região como capitania anexa ao Rio de Janeiro. Durante os conflitos, nem sempre os donatários, governador e ouvidores se guiaram pelas normas do poder real.

Intensificados entre 1727 e 1748, os abusos e conflitos de jurisdição demonstravam os limites da soberania régia nos confins do império.

O projeto ainda destaca as diferenças entre as determinações régias e os interesses particulares das autoridades providas (governador e ouvidor) pela monarquia. A pesquisa analisa as intervenções e negociações travadas entre a monarquia portuguesa, os donatários e os poderes locais, entre 1676, quando a capitania foi doada aos Asseca, e 1753, ano em que a monarquia comprou a capitania do Visconde.

Recorrendo ao conceito de soberania, a análise se volta para a documentação administrativa e, em seguida, compara os conflitos e negociações que envolveram a coroa e os donatários da Paraíba do Sul, de Pernambuco e Itamaracá.

Conforme metodologia de Lauren Benton, o caso da Paraíba do Sul também é analisado a partir de uma perspectiva global, ao investigar a soberania da monarquia portuguesa, na mesma conjuntura, em seus territórios da África e Ásia a partir de estudos historiográficos.

Integrante: Ronald José Raminelli (coordenador).

Financiador: FAPERJ

Ideias em tempo de Guerra Fria

Ideias em tempo de Guerra Fria: circulação intelectual, encontros e desencontros

O projeto busca ampliar e aprofundar o enfoque dos estudos das relações assimétricas franco-brasileiras, considerando-as a partir das tensões do mundo pós 2ª Guerra Mundial, quando diferentes atores e instituições de outros países das Américas e Europa ganharam relevância.

Resumo:

Contemplado no Edital CAPES-COFECUB, reúne equipes de pesquisadores do Brasil (UFF e UNICAMP) e da França (Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3 / IHEAL e CREDA-UMR7227, e CNRS), sob coordenação de Denise Rollemberg (equipe brasileira) e Olivier Compagnon (equipe francesa).

O projeto busca ampliar e aprofundar o enfoque dos estudos das relações assimétricas franco-brasileiras, considerando-as a partir das tensões do mundo pós 2ª Guerra Mundial, quando diferentes atores e instituições de outros países das Américas e Europa ganharam relevância.

As relações culturais entre o Brasil e a França desde o fim do século XVIII possibilitaram numerosos trabalhos (entre eles, Parvaux et Revel-Mouroz, 1991; Carelli, 1993; Lessa, 1997; Nitrini, 2000; Suppo, 2000; Mattoso, Capanema, Compagnon et Fléchet, 2017). Entretanto, é possível afirmar que aquelas produzidas na 2ª metade do século XX foram negligenciadas. Dois fatores conferem a esta sequência cronológica estatuto particular no longo período das relações franco-brasileiras. De um lado, a 2ª Guerra diminuiu a circulação cultural entre as duas bordas do Atlântico, possibilitando a consolidação da presença cultural dos EUA na América Latina (Ninkovitch, 1981; Gamero, 1986; Pernet, 2007; Goebel, 2009). De outro, o surgimento da Guerra Fria na América Latina, com a criação da Organização dos Estados Americanos em Bogotá (1948) e o início da difusão da Nacional Security Doctrine para o sul da América, conferiram a Washington-Moscou estatuto referencial que era ocupado por outras “metrópoles de substituição”, entre elas Paris (Guerra, 1989). A América Latina se transforma em lugar de disputa cultural indireta destes dois Grandes até a virada dos anos 1980 e 1990 (Albuquerque, 2011; Ridenti, 2012; Pedemonte, 2016).

As equipes reunidas pelo projeto trabalham em conjunto pela primeira vez. Apresentam a tradição e a inovação necessárias para formar nova rede de pesquisadores, projetando futuras parcerias a partir dos desdobramentos da iniciativa. Denise Rollemberg, experiente pesquisadora sobre a ditadura militar brasileira e regimes autoritários e totalitários europeus, publicou artigo em livro (2016) organizado por Olivier Compagnon e Diogo Cunha, que será um dos pós doutorandos da equipe brasileira. Compagnon organizou com Angélica Müller (2018) um colóquio sobre os 50 anos de 1968 com a participação de Marcelo Ridenti, momento em que ambos brasileiros estavam como professores convidados do Iheal. Ridenti e Rollemberg já trabalharam em outros projetos Capes-Cofecub (Rolland; Rugai; Ridenti; Reis, 2003). Giselle Martins Venancio, cuja experiência no tema é grande, destacando o trabalho sobre as traduções de Serge Miliet, soma-se à equipe juntamente com as pesquisadoras Francine Iegelski, cuja tese sobre Lévi-Strauss recebeu prêmio na USP, e Juliette Dumont, que estudou as relações internacionais culturais entre Brasil e França na primeira metade do XX. Hervé Théry, titular da cátedra Pierre Monbeig na USP, é antigo mediador entre os mundos acadêmicos franceses e brasileiros.

Integrantes: Giselle Martins Venancio, Denise Rollemberg (coordenadora), André Carlos Furtado, Francine Iegelski, Olivier Compagnon, Marcelo Ridenti, Angelica Muller, Juliette Dumont, Frank Poupeau, Herve Théry.
Financiador: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Auxílio financeiro.

Conhecendo o patrimônio brasileiro

Conhecendo o patrimônio brasileiro - o caso do Rio de Janeiro

O projeto “Conhecendo o patrimônio brasileiro – o caso do Rio de Janeiro” surgiu com a finalidade de promover a discussão sobre o patrimônio cultural brasileiro, a partir do olhar para a cidade do Rio de Janeiro. Com isso, espera-se demonstrar a importância do debate em torno da preservação do patrimônio no Brasil e o seu papel enquanto instrumento promotor da democracia e da identidade nacionais. Por esta razão este projeto apresenta-se como um trabalho coletivo de viés extensionista, destacando a possibilidade de extrapolar as discussões em torno do conceito de patrimônio expandindo o seu significado apenas acadêmico e considerando os saberes das comunidades envolvidas em

Resumo:

Com Conhecendo o patrimônio brasileiro – o caso do Rio de Janeiro espera-se demonstrar a importância do debate em torno da preservação do patrimônio no Brasil e o seu papel como instrumento promotor da democracia e da identidade nacionais.Trata-se de um trabalho coletivo de viés extensionista, destacando a possibilidade de extrapolar as discussões em torno do conceito de patrimônio expandindo o seu significado apenas acadêmico e considerando os saberes das comunidades envolvidas em sua preservação.

Alunos envolvidos: Graduação: (1)  .

Integrantes: Mariana Rodrigues Tavares – Coordenador / Thiago Marques da Silva – Integrante.

Soberania régia e conflitos de jurisdição: a capitania da Paraíba do Sul entre 1727 e 1753

O projeto analisa os limites da soberania régia sobre a capitania da Paraíba do Sul a partir dos conflitos entre o donatário da capitania, o governador do Rio de Janeiro e ouvidores.

Resumo:

 

 

A iniciativa fomenta uma reflexão sobre as dificuldades do Estado de controlar os territórios sob sua jurisdição, tema bastante atual sobretudo no Rio de Janeiro. Analisa os limites da soberania régia sobre a capitania da Paraíba do Sul a partir dos conflitos entre o donatário da capitania, o governador do Rio de Janeiro e ouvidores.

Em 1674, a monarquia portuguesa concedeu a capitania à Casa Asseca, mas o território ficou abandonado e sujeito às ocupações das ordens religiosos e dos criadores de gado.

Anos depois, o Visconde de Asseca retomou o controle, mas enfrentou forte oposição do governador que concebia ilegalmente a região como capitania anexa ao Rio de Janeiro. Durante os conflitos, nem sempre os donatários, governador e ouvidores se guiaram pelas normas do poder real.

Intensificados entre 1727 e 1748, os abusos e conflitos de jurisdição demonstravam os limites da soberania régia nos confins do império.

O projeto ainda destaca as diferenças entre as determinações régias e os interesses particulares das autoridades providas (governador e ouvidor) pela monarquia. A pesquisa analisa as intervenções e negociações travadas entre a monarquia portuguesa, os donatários e os poderes locais, entre 1676, quando a capitania foi doada aos Asseca, e 1753, ano em que a monarquia comprou a capitania do Visconde.

Recorrendo ao conceito de soberania, a análise se volta para a documentação administrativa e, em seguida, compara os conflitos e negociações que envolveram a coroa e os donatários da Paraíba do Sul, de Pernambuco e Itamaracá.

Conforme metodologia de Lauren Benton, o caso da Paraíba do Sul também é analisado a partir de uma perspectiva global, ao investigar a soberania da monarquia portuguesa, na mesma conjuntura, em seus territórios da África e Ásia a partir de estudos historiográficos.

Integrante: Ronald José Raminelli (coordenador).

Financiador: FAPERJ

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